segunda-feira, 18 de maio de 2009

D. Elza foi uma moça alegre...

D. Elza foi uma moça alegre. No decorrer de sua vida, apesar dos problemas e sofrimentos, assim foi. Mas, se muitas vezes chorou, em decorrência deles, com o tempo foi se tornando mais forte , e chorava, talvez, sem lágrimas.

Mas houve três vezes que ficaram marcadas em minha memória- a primeira, -"por amor ao meu pai", quando eu era muito pequena, após uma despedida em que ele ficava, e nós duas íamos de trem para Rio Negro( sim, eu sou desse tempo...). Só recordo que as lágrimas foram tantas que fiquei com o coração apertado.

Na segunda vez, quando viemos morar em Curitiba ,em 1960; estávamos as duas no novo endereço, quando ela chorou, sentidamente, de "saudades" de seus amados casa e quintal em Rio Negro. Essa casa, que havia comprado pela Caixa Econômica e pago em prestações descontadas na folha de pagamento de professora, era a realização de seu sonho de segurança e motivo de encantamento pelas plantas e flores que havia cultivado.

Na terceira vez, eu a vi chorar por " tristeza", ao ver os cinco pinheiros existentes no mesmo terreno( que haviam sido plantados pelo "Polaco" e representavam a nossa família de 5 pessoas) serem cortados a pedidos de vizinhos, depois de cumpridas as exigências de órgão fiscalizador. Eram pinheiros lindos, próximos uns dos outros... Agora separados para sempre, como nós... Ou não?...

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