segunda-feira, 18 de maio de 2009

Palmeira

Meu pai, em cartas à minha mãe e ao meu avô, assim se referia à cidade de Palmeira, onde posteriormente moramos:



Palmeira, outubro de 1943.





.... Palmeira, sonho, silêncio e sono!Palmeiras, pinheiros, cenas idílicas, casas coloniais desocupadas e outras caindo, amplas janelas como olhos abertos de almas puras, lavadeiras nos riachos, mulheres carregando água dos chafarizes; sino dolente, vento uivante e águas cantantes.

... Bela igreja colonial que lembra Vila Rica e Marília e Dirceu; uma avenida iluminada para a Estação, o imponente Grupo Jesuíno Marcondes, três praças iluminadas e bem ajardinadas; um parque infantil.

...Uma placidez muda de sonho e meditação. Singelos panoramas de poesia; murmúrios suaves de regatos e cachoeiras;farfalhar de palmeiras; mil sons indistintos, sino dolente e noites calmas e silenciosas.



A música da brisa, uma cidade que parou, que dorme, e acolhe a bela adormecida! Eis Palmeira! Um paraíso!



Ele não era um poeta?...

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