quarta-feira, 27 de maio de 2009

Em meu álbum de recordações

Papai também escreveu naquele álbum:

A você, caçula de meu coração, com gratidão pelo seu exemplo inesquecível, ofereço este trabalho. Do Pai, Brasílio.

" A Caçulinha da Choupana da Primavera"

Havia, outrora, em a Grécia do século de Péricles e dos dias claros, azues e serenos, três irmãs, sempre unidas a uma formosa e infatigável mãe. Sorrindo , cantando e dançando, recebiam as lições simples da virtude de ser bom e trabalhador. A mais velha era clara, alta, de inteligência brilhante; a segunda, quase loura, como trigo maduro, recordava o mar, em seus olhos , e a cisma das noites estreladas, mui sensível e sonhadora. A terceira, fiel retrato de sua genitora, era meiga,infatigável, tipo moreno, romântica, de olhos castanhos, sonhadores. Em tudo reproduzia a mãe. O pai era um lutador contra os azares da sorte.
A graça das três irmãs atraía a simpatia dos que as viam, porque também eram gentis e delicadas para todos, igualmente.
Um dia, a caçula, que muito amava o pai e, em seu arroubo de criança, o chamara de "o melhor pai do mundo inteiro", sem que prometesse ao genitor, foi estimulada a ocupar o primeiro lugar e servir de exemplo de correção para toda a família.Seu esforço foi tão comovente que a mãe ,desanimada da árdua luta, começou a ver em a vida a alegria de viver, e desdobrou-se tanto, que acabou se tornando modelo das mães e costumava parafrasear Cornélia, dizendo que todo o seu tesouro e jóias eram suas filhas.
Assim, as irmãs Gakos tornaram, pelo exemplo, quando mulheres, a Grécia um país célebre pela conduta de seu povo e de sua cultura altruísta. O pai da caçulinha sofreu injustiças, mas convencido por tão expressivo esforço de criança, jamais desanimou, tendo somente como compensação o paradigma encantador do labor de suas excelentes filhas. A mãe, esta sim, foi feliz, porque nunca se afastou de suas filhas...

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