domingo, 19 de dezembro de 2010

Trechos de uma carta de Brasílio, de 1969, na qual expõe ideias para se resolverem  os problemas de fome no mundo:




"...O paranaense é displicente em referência aos seus tesouros: o homem do sul, encantado pelo ambiente das "araucárias brasilienses", tem  certa indiferença pelas terras do norte-oeste roxas do Paraná.
Porém, ele precisa saber, aqui se está criando a civilização dos dias futuros do Brasil, com sentido utilitarista da vida, por homens ousados, muitos sem grandes escrúpulos morais; e o sulista precisaria vir exercer a suave influência de brasileiro humano e fraternal, com visão coracional mais consentânea com as necessidades do futuro, num mundo  de paz e de harmonia, pela exata exploração dos recursos da terra  e, sobretudo, do mar- para não preocupar os nobres espíritos pela solução inquietante da super-população do mundo, temerosos da discutível e não aceita racionalmente tese Malthusianista, porque, basta a aplicação da inteligência humana para resolver o problema da fome, se nós recorrermos sabiamente aos recursos do mar. Basta um exemplo que me está sempre presente no pensamento: uma tainha desova 40 bilhões de ovos a se transformarem em peixes; a luta entre o ser vivo e o ambiente reduz esse número incalculável a tão somente 500 outras unidades de outras tantas tainhas.
Estabelecidas as fazendas dentro do mar, separadas por divisões de materiais mais ou menos semelhantes ao vidro(um tipo de plástico já usado na Inglaterra), dia virá em que esses 40 bilhões de peixinhos crescerão para uso do mundo e originados de uma única unidade, e : - guerra à fome dos humildes, sobretudo das criancinhas pobres, quando se pensa que uma delas, quando nada, pode representar e ser um Castro Alves, um Santos Dumont, um Louis Pasteur ou uma Madame Curie"...