No último texto, quis corrigir alguma coisa, sem conseguir ; simplesmente o "blog" não me obedeceu... então vai aqui a sugestão: Estes dois últimos a sua marca registrada.( sem o né)

Faz tempo queria dar um puxão de orelha na Jou, porque aquela "Chícara", logo no início, mexe comigo... Ela (a Jou), até parece uma velhinha, do tempo antigo, né, dona "Xícara"? E eu, que faço o possível para escrever sem erros...

As Botinhas...

Num tempo de dificuldades e muito amor...


" AS BOTINHAS ENCANTADAS"

... Mudamos do sobradinho para uma casa menor, na mesma rua. Tinha um quintal razoável, que os últimos moradores haviam deixado cheio de lixo, e coisas para nós, crianças, novidades interessantes; sabe como é, criança gosta de bugigangas, tampinhas de garrafa, cacarecos, coisas velhas. Eu teria uns cinco anos, e ela quase dez.. Mas já era muito mãezinha, protetora e mandona(ah, estes dois últimos predicados eram sua marca registrada, né?).
Na busca de novidades e limpeza do quintal, achamos um par de botas pequenas, bastante usadas, mas que com um reparo poderiam ser bem aproveitadas. Fiquei encantada, tinha loucura por botinhas , e serviram-me direitinho. Ela reparou, mas não quis me dar; falou: vou dar para uma criança necessitada.Eu, chateada, tive de aceitar.

Quando chegou o Natal, nem dá para descrever o prazer de receber tal presente, acho que foi um dos mais queridos por mim, até hoje... Ela, toda feliz, entregou-me o par de botas, arrumadinhas, reluzentes, novinhas! Tudo por sua conta e iniciativa, tinha mandado consertar, engraxado e dado aquele lustro de espelho!

Estavam lindas as botinhas, a surpresa encantou-me. O quanto as usei! Foi colocar nos pés e não querer mais tirar. E me achava o máximo da elegância com elas ...Só sei que duraram muito tempo, apesar de todo o uso; acho que estavam encantadas, e a minha irmã foi a fada -madrinha que, com sua varinha toda feita de ternura, as desencantou  para mim...

Mais sobre Lavínia

Era Verão... ou Inverno? D. Elza tinha ido dar aulas no "Grupo Escolar Barão de Antonina" e, voltando, viu o varal cheio de roupas brilhando ao sol. Pensou: Como?
Ao chegar, constatou- Lavínia( com apenas dez anos) havia tomado a iniciativa de lavar toda a roupa... Sempre teve este espírito trabalhador, determinado e independente para assumir a direção das coisas.
Depois, também cozinhava e fazia toda espécie de serviços caseiros, num tempo em que não existia a tecnologia como hoje, facilitando a vida da "dona de casa".
Era chamada de "tia Margareta" pois, no seu físico e modos de líder, parecia-se bastante com esta tia de mamãe.
Destacava-se também pela vivacidade e inteligência, tanto em casa como nos estudos; aliás, pouco estudava, aprendia com facilidade incrível, alcançando sempre os primeiros lugares na Escola. Suas redações eram alvo de elogios dos professores e publicações, até em revistas da época; como quando escreveu"Uma gota dágua", conto muito sensível. Em Guaíra, já casada, escreveu sobre os Saltos das Sete Quedas, bela exaltação à natureza; a qual  também  foipublicada. Em outro momento, transcreverei alguns trechos deste elogio ao Paraná.

13 de abril de 2009.


O nosso querido  D. Quixote tinha, para suas filhas, dois pensamentos, tantas vezes repetidos, que se
tornaram propósitos: Três Irmãs, três Amigas, três Fortalezas". E, Sempre o Melhor Pensamento, Sempre o Melhor Sentimento, lutarei pelo Ideal"...

Também dizia que seu desejo, na vida, era lutar pelos direitos da Criança, da Mulher e do Operário...